Hoje vim defender o colo! Os recém nascidos vivenciam a exterogestação, "gestando fora do útero", eles tem muita necessidade em vivenciar experiências próximas àquelas as quais eles vivenciaram por 9 meses dentro do útero: calor, aconchego, segurança, ninar, saciedade da fome, sucção...

Para os recém nascidos, esse mundo novo é frio, estranho, barulhento, ele sente fome, sente a fralda molhada de xixi, cocô, sente-se desamparado e toma “susto” o tempo todo (reflexo de Moro).

Querer colo é mais que natural, é fisiológico, é essencial, é óbvio! Colo não estraga, não mima, não deixa o bebê mal acostumado.

Colo da calor, da aconchego e supre uma das necessidades essenciais do ser humano: segurança! Precisamos entender as fases do desenvolvimento neurológico do ser humano: quanto mais experiências de segurança é oferecido ao bebê, quanto mais se supre suas necessidades essenciais de proteção, mais ele vai se tornando independente! Ele vai se sentindo pronto pra enfrentar esse mundo, porque ele sabe, lá no fundo, que quando ele precisar, o colo estará lá! O "tetê" estará lá! O abraço estará lá! Isso facilitará sua independência na vida adulta! Ele vai crescendo, acreditando em si e se tornando uma pessoa segura.

O apego (vou falar mais dessa teoria em outros posts) gera segurança e segurança gera autonomia e independência!

O colo é uma NECESSIDADE! Não é manha, não é mal costume, não é futilidade. É ESSENCIAL!

Passa tão rápido! Logo começam a engatinhar, andar e correr e o colo vai deixando de ser a atividade principal do dia!

Quem de nós não corremos pra o colo da mãe ou de alguém que sabemos que vai nos confortar até hoje, na vida adulta? Se nós precisamos de colo, imagine nossos bebês!

Texto: Dra. Larissa Moura - Pediatra

Clínica: Planeta Mirim Pediatria

Localização: Caminho dar Árvores, Salvador, Bahia.